Do fresco sabor de amêndoas de seus vinhos brancos secos ao poderoso encanto de um grande barolo tinto, o Piemonte oferece ao apreciador de vinhos delícias pouco comuns.
Desta região do Noroeste da Itália provêm vinhos únicos e apaixonastes, originários em sua maioria de cepas nativas. O vinhedo piemontês é o sexto da Itália em tamanho, apesar de a região contar com cerca de 43% de sua superfície em zona montanhosa.
O Rio Pó divide o Piemonte em duas partes distintas:
Ao sul do rio e no sudeste de Torino se encontram a cidade de Alba e as colinas de Monferrato e de Langhe. As colinas de Langhe, com encostas íngremes, abrigam várias DOC, bem como os ilustres vinhos tintos DOCG de Barolo e de Barbaresco.
Ao norte do Pó, o vinhedo ocupa o solo rochoso das baixas colinas alpinas, entre Carema, a oeste, e Novara, a leste.
Os vinhos Barolo e Barbaresco são os mais conhecidos da região.
O estilo do Barolo: O Barolo é produzido com a uva nebbiolo. Este vinho apresenta uma cor grená intensa, com textura densa e aveludada, sabores que enchem a boca e persistem por muito tempo, assim como seu buquê. Uma sólida acidez vem completar um frutado de excepcional concentração. O barolo envelhece pelo menos três anos, sendo dois em madeira, antes de sua comercialização.
O Barolo reserva é preciso ter cinco anos de envelhecimento. Ele exige um envelhecimento posterior, em garrafa, que às vezes pode durar até 20 anos, e a qualidade depende muito do produtor, da safra e da localização do vinhedo.
A nebbiolo dá seus melhores resultados em solo de calcário e em clima fresco
O Barolo apresenta sempre muita força e complexidade, não é um vinho para ser bebido jovem.
O estilo do Barbaresco: A leste de Barolo, nas colinas de Langhe, estende-se a zona DOCG do Barbaresco. As vinhas de nebbiolo são plantadas entre 220 m e 350 m de altitude: o clima é mais seco e mais quente que em Barolo.
A regulamentação exige dois anos de envelhecimento, sendo um em madeira, mas para os reservas são necessários quatro anos. Como sempre ocorre com a nebbiolo, a localização é importante.
Em geral, o barbaresco apresenta um perfume de violeta. Seu frutado intenso é acompanhado de bela acidez e de taninos acentuados. Alguns vinhos podem exigir até dez anos de garrafa, mas a maioria está pronta depois de quatro ou cinco anos.
Alguns vinhedos ao sul do Pó:
No sudeste do Piemonte, as principais cepas tintas são a nebbiolo, a barbera e a dolcetto.
Ao redor da cidade de Alba, entre as zonas DOCG de Barolo e de Barbresco, produz-se o Nebbiolo d'Alba DOC. O nebbiolo de Alba normalmente é menos potente que o de seus célebres vizinhos, e deve ser bebido em três ou quatro anos.
A barbera é a cepa tinta mais plantada na Itália. Em seu Piemonte natal dá um delicioso vinho tinto seco e vivo, cujos aromas lembram amora, framboesa e alcaçuz. Atinge seu apogeu ao fim de dois a quatro anos.
O Barbera dei Monferrato DOC - leve, muitas vezes frizzante.
O Barbera d'Alba DOC - tem mais corpo.
O Barbera d'Asti DOC - textura sedosa e bem frutado, uma agradável acidez.
País: Itália
Produtor: Alibrianza - Cascina Radice
Região: Piemonte - Aldeia de Moasca (Asti).
Uvas: Barbera.
Safra: 2019
Envelhecimento: Curto tempo em barris de carvalho seguido de descanso em tanques de aço por 6-8 meses.
Temperatura de serviço: 18-20 ° C
Álcool: 14% vol
Cor: Vermelho rubi profundo com reflexos violáceos.
Aromas: Frutado e intenso.
Paladar: Suave, equilibrado, encorpado, com taninos nobres.
Harmonização: Muito bom com primeiros pratos salgados, carnes grelhadas e frios.
